RSS

segunda-feira, 14 de março de 2011

Cooperadores Paulinas para o Evangelho

Em novembro de 2010 as Cooperadoras Paulinas (RS), reuniram-se na casa das Irmãs Paulinas em Canoas a fim de realizarem seu retiro anual . O dia foi dedicado ao silêncio, a reflexão do Carisma Paulino, a Leitura Orante da Biblia e a um momento eucarístico(missa).

O grupo de Cooperadores assistiu, ainda, ao filme da Beatificação do Padre Tiago Alberione, fundador da Família Paulina.

O dia foi intenso de espiritualidade e convívio fraterno.

Segue imagens do encontro:


quinta-feira, 10 de março de 2011

Mulher como fator de união e referência familiar

Em homenagem ao Dia Internacional das Mulheres, os brindo com o texto publicado na revista Família Cristã deste mês. Espero que gostem!

“A mulher sábia constrói o seu lar, mas a que não tem juízo o destrói com as próprias mãos.” (Prov.14,1)

O Dia Internacional da Mulher faz sentido. A mídia realça o desempenho, o avanço além fronteiras de uma cidadania feminina, efetiva, atuante, protagonizando, em variados segmentos sociais.
Enfatizaremos o olhar sobre a mulher no sagrado universo familiar, ali, onde muitas vezes encerra a terceira jornada diária. Ao declinar o dia ela retorna a sua casa para atender outras demandas. Circula do fogão para a pia, da máquina de lavar a cada coração daquele lar.
Está cansada? O amor descansa, amansa e fortalece.
Desanimada? Supera-se!
Onde ela esconde forças para bailar a ciranda dos afetos?
Como costura os elos do convívio familiar?
Como cultiva a terna seiva que a todos nutre?
Em qual fonte sacia-se da água viva da paciência, da fé, da intuição, da sabedoria? Quando reza e silencia.

A mulher sábia - A mulher sábia entrega-se à sabedoria, reconhecendo que “feliz é a pessoa que acha a sabedoria e que consegue compreender as coisas, pois isso é melhor do que a prata e tem mais valor que o ouro. A sabedoria é mais preciosa do que as joias; tudo que agente consegue não se pode comparar com ela. ”(Prov.3,13-15).
A palavra bíblica “a mulher sábia constrói o seu lar...” (Prov.14,1), ecoa em seu coração com sonoridade angelical. Imprimi-se em seu cotidiano na tonalidade intensa do arco-íris. A palavra divina transforma-se em aprendizado, numa missão essencial em sua vida familiar .
A mulher guerreira, na curva do amadurecimento, no decorrer da trajetória espiritual, nos aprendizados consequentes entre ganhos e perdas, nos sorrisos que ocultam profundas pegadas das lágrimas no rosto, vai tecendo a visão sábia de sua significância na terra: viabilizar com a família uma experiência saudável da vivência no amor, na compreensão diferenciada das escolhas e do livre arbítrio de cada membro familiar. A união e o afeto são determinados pelo respeito e não mais pelo severo controle de sua absoluta vontade. A flexibilidade e a bondosa energia tornam-se uma estratégia no bem viver familiar. Há muito o poder e o autoritarismo feminino permitem desapegos internos e possibilitam passos autoconfiantes, livres, aprendidos nas lições da eterna aprendiz.
A construção relacional de elos afetivos pressupõem o entendimento sutil, a docilidade inteligente de quem integra afetos à própria vida. Permitir-se ser cuidadora, visionária e mestra transmitindo valores, preservando a inteireza do ser.
Couraças e armaduras quebram-se desnecessárias. Defesas e ataques emocionais são dispensados. A amorosidade, cultivada na insônia das preocupantes madrugadas à cabeceira de filhos febris, a espera de filhos que vão e não voltam, de filhos que transgridem, requerem da mulher renovados atributos: escuta, acolhimento, compaixão e despojamento.
Como a mulher se torna sábia? No desapego à pretensão de tudo saber, de tudo querer solucionar, dando-se conta de que nem tudo ela precisa solucionar. Entende que cada um tem seus processos pessoais de amadurecimento. A mulher buscará, assim, apreender a sabedoria infinita presente no coração inteligente do grande Pai-Mãe

Mulher integrando a união - A união é um ideal desafiador para as famílias, principalmente no contexto atual de acentuado individualismo, tornando-se uma epidemia contagiosa que desarticula o bem estar familiar, minimizando o bem comum, dando supremacia ao prazer egoísta , pessoal.
Falar de união numa sociedade que dá poderes às drogas, ao álcool, ao consumismo, ao monólogo, à bigamia. Falar de integração numa sociedade desajustada pela ausência de limites, pela manifestação da miséria moral e espiritual. Ousar o projeto proximidade numa sociedade distanciada por injustiças sociais.
Gente, neste cenário sócio- familiar machucado, molestado, prostituído, surge o olhar da esperança, presente na persistência da mulher. Ali onde restam pedras somente, ela calmamente se compromete com a reconstrução, e na semelhança com Maria Madalena, anuncia que há vida.
Nos conflitos familiares ela promove o diálogo da reconciliação.
Na diferença hostil entre irmãos ela viabiliza um canal para a aceitação, a proximidade e o perdão.
Com filhos drogados, ela fortalece vínculos dando-lhes um suporte de segurança, apoio e orientação.
E os filhos infratores, ela os encaminha e acompanha na reabilitação.
A filha precocemente grávida,oferece proteção.
Aos cônjuges, e aos filhos sem fé, tal qual Santa Mônica, oferece sua constante oração.
Aos cônjuges traidores ela oferece a reconciliação.
Ela não abandona a família. Cuida! Protege!
Aos que choram, consola.
E assim ela vai treinando no lar as sábias lições da misericórdia, da mansidão, da tolerância. Corajosamente, embora sofrendo, persiste e insiste, restabelece laços e entrelaços.
Mulher, onde reside teu segredo? Na humilde permissão em transplantar seu coração pelo coração de Deus.
Esta mulher chora?
Sim! Onde? No ombro de Deus.
Esta mulher se fortalece?
Sim! Onde? Na calada da noite. Enquanto a família adormece, ela se refugia no sacrário da alma e ali se abastece.
E assim, mulheres do mundo, fiquem com Deus!
Mãe de todos os Homens, ensine-nos a perseverar e a dizer amém!