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sábado, 13 de outubro de 2012

Encontro de gestantes


Em setembro, aconteceu o Encontro com as gestantes na Vila Palmeira, em Novo Hamburgo/RS, evento promovido pelo Projeto Regina Comunidade.
Falamos sobre A importância do afeto entre mãe e bebê, um trabalho de grande valia para futuras mamães. Nosso objetivo é orientar as gestantes para o desempenho de seu papel maternal.



quarta-feira, 10 de outubro de 2012

VII Congresso da Família


Bom dia queridos amigos!

No dia 29 de setembro estive presente no VII Congresso da Família da CNBB - Regional Sul, em Lages/SC.

A palestra, A família, o trabalho e a festa, teve como temática a fala do Papa Bento XVI no VII Encontro Mundial das Famílias em Milão, em maio deste ano. (Você encontra detalhes do Encontro clicando no link acima.)
    
Em Lages, os casais e pais participantes do Congresso foram receptivos e acolheram este momento com carinho e escuta. 






segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Família Cristã - Julho

Bom dia queridos amigos!

Quero compartilhar com vocês o artigo publicado na revista Família Cristã de Julho.




sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Família Cristã - Outubro

Bom dia meus amigos,

compartilho com vocês, em primeira mão, a capa da revista Família Cristã e o meu artigo publicado nela.
Espero que gostem!




segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Blog "Egito e Brasil"


Queridos amigos,

gostaria de compartilhar com vocês a postagem da Marina no blog dela: Egito e Brasil. Ela é brasileira mas mora no Egito, e tem um blog lindo. Confira só o que ela postou:

"Se filhos fossem violetas…

Ontem tive um dia peculiar. Jejuei e quebrei o jejum com meu pai, uma coisa bem rara. Geralmente ninguém da família está comigo neste momento de quebra de jejum, afinal trabalho durante a semana e meus pais, que são católicos, não jejuam como eu. Mas peguei ele do trabalho e fomos direto para o Pari, do lado até da mesquita, e jantamos juntos só nós dois.

Depois, levei-o até a igreja que eles frequentam, na zona norte, e fiquei para assistir uma palestra de uma psicoterapeuta sobre filhos. Como não teria nada necessariamente ligado a ritos católicos, mas sim a conceitos morais que são com os quais fui criada e acredito até hoje, topei assistir.

Quem deu a palestra foi gaúcha Cleusa Thewes, com o tema “Se filhos fossem violetas, pais não chorariam…”. Ela escreveu um artigo sobre isso, está aqui no blog dela, se alguém tiver interesse. Foi sobre a adolescência, uma fase geralmente conturbada.

Eu fui na palestra buscando alguma inspiração para ser mãe, ando numa fase de busca sobre este tema, afinal estou chegando nos 30 e já tenho mais de 5 anos de casada, é bom começar a pensar sobre isso.

Mas a palestra não falou de situações hipotéticas ou listou argumentos ralos sobre como controlar filhos, aquelas coisas que a gente espera. Mas não. A palestra falou da minha vida e de como fui adolescente. Falou de mim, dos meus irmãos, da minha mãe. Eu fiquei com aquele jeito meio estarrecido, do tipo, não é possível que ela está falando isso, dando estes exemplos que se passaram exatamente comigo!

Claro que com a grande experiência da Cleusa como terapeuta ela entende muito do assunto e sabe exatamente o que é comum de acontecer em muitas casas, por isso a conexão imediata. Mas ela é super pé no chão e tem uma vastíssima experiência em conflitos familiares. Mesmo assim, eu me surpreendi muito, já que praticamente tudo que ela aconselhava aos pais ser o melhor, foi como meus pais agiram na vida deles com seus filhos.

Uma hora ela disse:  ”Filhos desafiam. Violetas silenciam.” E não falou sobre o aspecto negativo, mas sim como é bom ter filhos que pensam, que argumentam, que não aceitam tudo de cara fechada. Como não é possível se impor comportamentos, que a individualidade de cada um deve ser respeitada.

Deu exemplos que poderiam ser da minha vida. Citou, por exemplo, um filho que aos 15 anos decidiu que queria comprar um coturno preto e só usar roupas pretas. “Deixa o filho experimentar, isso tudo passa”, falou.

Lembrei que meus pais nunca me impediram de andar de skate, pintar meu cabelo de verde, riscar todos os meus tênis ou usar calças “bag” (sei lá se é esse nome, mas lembro que era assim que a gente falava no final dos anos 90). Eu sempre pude me expressar como eu queria, nunca fui reprimida na minha individualidade ou na forma que queria me expressar. E tudo isso realmente passou.

Eu experimentei, errei muitas vezes, mas sempre tive pais ao meu lado que não me julgavam ou pressionavam. Sim, eles aconselhavam e muito. Pouco a pouco, o discurso deles sempre me convenceu. Muitas coisas que meus pais falavam e eu fazia exatamente ao contrário de pirraça, eu aprendi com minhas falhas depois que poderia ter evitado e sofrido menos se os tivesse escutado. Mas se eu não fosse atrás e visse com meus próprios olhos o que era aquilo, eu jamais teria acreditado nos meus pais e talvez estaria errando até hoje.

A Cleusa foi falando de tudo isso e fui vendo o filme da minha vida passando. Ela disse “Se os filhos se tornassem violetas coloridas, serenos, sem adolescência, na casa haveria ausência de encrencas, revoltas, confrontos. Filhos sem preguiça, maduros. Filhos menos impulsivos, mais sensatos, sem festas, sem maconha nem álcool, sem transgressão, filhos somente. A mãe desperta: filhos não são violetas, são pessoas."

Tirando a maconha (juro), eu fiz tudo isso. Buscava sempre o contrário do que me era ensinado pela curiosidade normal que despertamos nesta época. Minha mãe ficava muito brava sim, chorava na nossa frente, chorava escondida. Mas estava sempre presente, pronta a mostrar o que era melhor de uma forma calma. Minha mãe e meu pai nunca me abandonaram, mesmo quando eu parecia totalmente disposta a ficar longe deles.

E quando cresci um pouco mais, não mudei muito não. Busquei meus caminhos, minhas vontades, minha própria forma de encarar Deus. E meus pais não me viraram as costas. Antes de ir para o Egito, minha mãe até me levou ao médico para ver se estava tudo bem, comprou roupas novas. Meu pai falou, com a cara mais séria do mundo, mas as palavras mais doces: “eu sou contra, você sabe, mas quando quiser voltar estaremos de braços abertos”. Eles já tinham certeza, nesta época, dos valores que tinham me passado e sabiam que, mesmo longe, nada disso mudaria.

Meus pais sempre se orgulharam de mim e nunca tiveram vergonha do que eu fazia – mesmo quando eu não seguia o convencional. Eles me criaram para o mundo e para ser feliz, não seguir modelos ou ficar embaixo de suas asas. Nunca fantasiaram o que eu sou, ou foram babões de ficar falando que sou a filha perfeita ou sei lá mais o que, como muitos fazem.

Eu tive uma adolescência muito, mas muito feliz mesmo. E isso me fez forte. Eu tenho uma auto-estima quase sempre inabalável, sou uma pessoa super otimista, não gosto de comparar a minha vida com a dos outros e isso me poupa de frustações desnecessárias. Eu fiz minhas escolhas sempre, sou fruto delas porque tive esta liberdade desde pequena.

Lembro até hoje de um texto que escrevi no meu diário – eu sempre escrevi muito, mas meu diário não eram essas agendas coloridinhas de menina, eu escrevia em cadernos mesmo e cheio de garranchos – em que eu dizia que queria ficar para sempre com 14 anos. Eu me sentia completamente feliz nesta época e queria ter certeza de que este estado de espírito nunca iria acabar. O texto se chamava “14 anos para sempre”, lembro até hoje.

E acho que consegui, em certa proporção, parar o tempo. Não me sinto mais velha, me sinto mais esperta. Continuo fazendo coisas de criança, vivo sem pensar tanto assim no futuro, em juntar dinheiro para isso ou para aquilo, quero ser feliz agora pois não sei até quando vai minha vida. É, sei que sou um pouco juvenil, mesmo que nem sempre isso seja bom.

Claro que poderia fazer melhor, poderia me planejar mais, ser mais organizada, fazer um mestrado, juntar uma poupança, escrever – finalmente – 0 meu livro, não deixar a louça acumulada na pia, parar de falar as coisas sem pensar, ser menos ríspida, mais focada. Não sou perfeita, nem nunca vou ser. Mas sou feliz, e cada vez mais chego a conclusão de que muitas pessoas tem dificuldades de se sentirem assim. Sei que nosso mundo de hoje nos pressiona muito, fico fora de casa quase o tempo todo, tenho muitas contas para pagar e pouco tempo para mim.

Tenho problemas sim, e muitos. Mas minha tristeza dura poucas horas, não deixo nada disso governar a minha vida. E não sei o porquê, tenho certeza de que sou assim por causa da educação que ganhei dos meus pais. Mesmo sendo totalmente diferente deles, extraí coisas maravilhosas da nossa convivência. Eles nunca me cobraram a perfeição, pois isso não existe. Sabem que sou uma pessoa, não uma violeta."


Espero que tenham gostado.
Até a próxima pessoal!! ;)