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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Encontro no Regina Comunidade do Grupo de Convivência da 3ª Idade

Dezessete pessoas participaram do encontro realizado pelo projeto social Regina Comunidade, no dia 16 de agosto de 2010, no Hospital Regina em Novo Hamburgo, Região Metropolitana de Porto Alegre, o qual ajudei a organizar.
Observo (no centro da foto, de jaleco branco) a plantação da
flor, estimulada pela história contada no encontro
O grupo, formado por idosos, participou de uma hora do conto. A história escolhida foi Charalina, e estimulou os participantes a plantarem uma flor, pintarem desenhos alusivos ao que ouviram e a fazerem exercícios para memória, novidade para alguns que nunca foram à escola.
O projeto - O Regina Comunidade existe desde 2007 e é o principal projeto social do Hospital Regina. Um de seus objetivos é melhorar as condições de saúde das famílias, a partir do princípio de saúde preventiva, por meio de ações básicas, respeitando os diferentes formatos de família e integrando a rede de saúde do sistema público brasileiro.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

A auto-estima dos filhos

Cultivar uma auto-estima positiva e saudável nos filhos é uma tarefa que começa em casa, a partir do modo como os pais vivenciam o relacionamento em família.

Gostaria de conversar com os pais, neste artigo, sobre um assunto de extrema importância: como eles devem auxiliar seus filhos a construir uma auto-estima saudável e positiva. Mas, antes, é preciso perguntar: para vocês, o que é auto-estima? Olhem para suas vidas. Nela vocês convivem com sucessos, derrotas, desafios. Pois bem, a auto-estima é alicerçada nessa trilha. O psicoterapeuta e filósofo canadense Nathaniel Branden classificou a auto-estima como “um sentimento de competência e de valor pessoal”. Mas o que significa isso?
Os sentimentos de competência e valor pessoal se traduzem na estima e no respeito que temos por nós mesmos. É a consciência de se avaliar com consideração e aprender a se amar, olhando-se como um ser de importância inestimável. A competência pessoal é a autoconfiança. Acreditar-se capaz de realizar coisas boas, isso somado à certeza de que conquistará o que almeja. A partir dessa constatação, a competência, a valorização e o respeito pessoais farão igualmente com que a pessoa se adapte à realidade da vida, auto-afirmando-se para viver desafios (enfrentar e dominar os problemas), resolver conflitos, fazer escolhas, realizar tarefas, reconhecer as próprias habilidades e manejar as dificuldades cotidianas, sem desistir. Cultivar relacionamentos saudáveis, ganhar e perder e, no contexto da própria vida, atribuir-se o merecimento da felicidade e do sucesso.
Família-lar – Diante disso é importante que os pais se perguntem sobre a quantas anda sua auto-estima? Afinal, pais com auto-estima sadia construirão, com os filhos, um espaço fértil para semear e colher amor, respeito e valorização. Uma “família-lar”, na qual os erros se tornam sementes-mestras da paciente sabedoria de recomeçar, transcendendo a derrota e os acertos colhidos, tais como frutos maduros do perseverante cultivo do otimismo e do bem-viver.
Família-lar é o espaço onde os filhos aprendem a amar ou desamar, a projetar suas vidas para o sucesso ou insucesso, para a felicidade ou infelicidade. Por isso, pais e mães, cuidem em sua família-lar dos amores, dos sons, das diferenças, das conquistas e dos sofrimentos que povoam seu cotidiano, bem como da saúde física, emocional e espiritual de seus membros.
O cultivo da auto-estima dos filhos se inicia nessa família-lar, caracterizada como um território circular ou quadrado, com árvores ou sem, com cem balanços ou sem balanços (balanços são braços que acolhem a dor e embalam com amor). Na família-lar tem xingação e frustação, tem sim e não, num ziguezague que costura e borda limites. Ali é a escola relacional na qual se respira o oxigênio do convívio: puro, poluído (harmonia ou brigas), no qual se acrescentará mais ou menos valia de si. Então, pais, é hora de vocês pensarem sobre o oxigênio que se respira aí a sua família-lar.
Vida cotidiana – Além da família-lar, onde os filhos podem cultivar a auto-estima? Na escola, nos relacionamentos, em espaços de lazer na casa de amigos e avós. Em síntese: todo espaço desperta sentimentos de segurança ou insegurança, dependendo da adequação de seu filho àquela realidade.
Diante disso ainda fica a pergunta: como cultivar a auto-estima dos filhos?. Partindo do princípio de que auto-estima é o sentimento de valor e competência pessoal, são esses sentimentos que precisam ser potencializados em seus filhos. Fortalecer a competência e o valor dos filhos a partir dos cuidados parentais básicos, como saúde física, emocional e espiritual. Filhos cuidados terão a probabilidade de se tornarem mais autoconfiantes, pois desfrutarão do feliz merecimento de pertencerem e serem filhos de pais zelosos.
A auto-estima dos filhos deve ser cultivada na vida cotidiana, com os pais se mostrando e sendo próximos, dialogando, escutando e respeitando. É preciso conhecer e valorizar a habilidade dos filhos e elogiar o desempenho deles. Possibilitar sua participação em cursos e atividades diversificadas. Incentivá-los para leitura, esporte e música, favorecendo o autoconhecimento de seus respectivos interesses.
Outro ponto importante para o reforço da auto-estima dos filhos é, por exemplo, valorizar o dia do aniversário deles. Isso não significa necessariamente dar uma mega-festa, mas sim celebrar um ritual de felicidade familiar. Mais uma recomendação: pai e mãe, sejam presentes nas apresentações públicas de seus filhos, seja na escola, seja em qualquer outro evento. Permitam aos filhos também a vivência de desafios, frustrações, responsabilidades e desempenho de tarefas no lar. É preciso confiar nos filhos, dando-se conta de que eles tem as próprias pernas para caminhar.
Não dispensem o uso de críticas construtivas, mas sejam flexíveis não julgando os erros com extrema severidade. Por fim, sigam em frente e acreditem na sua competência para habilitar a auto-estima dos filhos. E não se esqueçam de vivenciar palavrinhas mágicas, como falar, ouvir, compreender e valorizar.

*Texto publicado na Revista Família Cristã, Paulinas Editora, Sã Paulo, em julho de 2008 – exemplar nº 871
**Todos os textos publicados neste blog são temas apresentados em palestras.

domingo, 1 de agosto de 2010

Um Segredo no Olhar


O olhar pode esconder um segredo... Os olhos tem coração ou o coração possui olhos?
Olhar é ver, tocar, não tocar, sentir ou intuir?
Qual o significado do olhar? Enxergar como, quem, o quê, quando, onde, por que, para que? Onde o olhar pode nos levar?

A vida constitui-se de limites e possibilidades.
"Um segredo no olhar" vai partilhar uma experiência onde, na noite escura dos olhos, revela-se uma luz subjacente. Curar e ampliar o olhar que se faz caminho de serenidade, aceitação, missão e amor.
A vida segue a luz ou a sombra de seu olhar.

*Todos os textos publicados neste blog são temas apresentados em palestras.